Azeite Sabiá inicia o ano com safra promissora em meio a desafios climáticos

A safra 2025 do Azeite Sabiá está surpreendendo seus proprietários com relação à quantidade e deve ultrapassar os 20 mil litros em 2025. A colheita começou com cenários desafiadores entre suas duas regiões de produção: em Santo Antônio do Pinhal, Serra da Mantiqueira, em São Paulo, e Encruzilhada do Sul, no Rio Grande do Sul. A Mantiqueira sofreu com a falta de frio em 2024 reduzindo significativamente sua produção. A cultura da oliveira precisa, no mínimo, de 300 horas de frio ao ano abaixo de 12ºC, o que não houve no inverno passado. No Sul, a presença de frio foi favorável ao cultivo, mas as chuvas em setembro impactaram a polinização.

“Na Mantiqueira extraímos 500 litros.”, afirma Bia Pereira, cofundadora da marca. “No Sul, começamos a colheita em fevereiro e acreditamos que teremos por volta de 20 mil litros até o mês de abril”. Cada litro de azeite exige cerca de 10 quilos de azeitonas, e uma árvore bem carregada pode produzir até 20 quilos.

A marca, reconhecida por sua produção premium, aposta na diversidade de variedades, incluindo Arbequina, Arbosana, Koroneiki, Coratina e Blend. A safra de 2025 também surpreende pela qualidade. “Os aromas e o sabor aveludado do azeite que estamos fazendo se superam a cada ano.” destaca a sócio Bob Costa.

Poesia italiana

 

Nicolangelo Marsicani, conhecido como poeta dos azeites na Itália, por três vezes reconhecido pelo guia Gambero Rosso como o melhor mestre de lagar. Consultor do Azeite Sabiá, está acompanhando a colheira e a produção no Rio Grande do Sul e destaca as diferenças entre a olivicultura brasileira e a europeia. “Na Itália temos muitas oliveiras antigas na maior parte das áreas, as plantas têm muitos anos e isso torna o cultivo mais trabalhoso e pouco lucrativo, muitos olivais estão localizados em zonas marginais onde as operações de cultivo são difíceis. Estes dois fatores, aliados ao fato de os cultivos novos serem pequenos, inferiores a dois hectares, contribuem para que a olivicultura italiana seja lenta nas mudanças e inovações necessárias. Ao contrário, a olivicultura brasileira, muito jovem e muito dinâmica no seu crescimento, enfrenta problemas ainda não perfeitamente estudados e por isso é um laboratório de investigação contínua onde agricultores, agrônomos e universidades, que são chamados a dar respostas eficazes.”

Sobre sua parceria com o Azeite Sabiá, Marsicani revela: “a minha colaboração com a Sabiá foi favorecida pelo fato de a empresa já estar perfeitamente estruturada, tanto do ponto de vista agrícola quanto em relação às tecnologias no lagar. Estou apenas contribuindo para aprimorar as competências na transformação da azeitona em azeite, com base em minhas décadas de experiência na área. Juntos, produzimos azeites com um excelente perfil sensorial, que encantam especialistas e consumidores”, finaliza o poeta dos azeites.

Sustentabilidade e governança

A sustentabilidade é um pilar da produção do Azeite Sabiá. A empresa adota práticas como aproveitamento de resíduos, uso de energia solar, tratamento de água e recuperação de áreas nativas, o que tem favorecido o retorno da fauna local. “Estamos conseguindo chegar a 80% de cultivo biológico, com impactos diretos na questão ambiental e seguridade do produto ao consumidor final”, afirma o engenheiro agrônomo Emanuel De Costa, sócio da marca.

No campo social, a empresa mantém um programa de governança que inclui registro formal de todos os trabalhadores, incluindo os “safristas” que trabalham durante a colheita, e parcerias com escolas técnicas e universidade para capacitação em olivicultura. “Temos interação com escolas técnicas e universidade e oferecemos formação e estágio para novos profissionais”, explica Bia.

Crescimento do mercado de azeites premium

O Brasil ainda importa cerca de 98% do azeite consumido, mas o segmento de produtos premium vem crescendo. O Azeite Sabiá se destaca como uma das marcas mais procuradas no mercado interno. “Temos observado uma fidelidade grande dos clientes que compram ao longo do ano e, se por um lado, isso nos alegra, por outros nos desafia a produzir cada vez mais. Nas últimas safras nossos azeites foram vendidos em 10 meses”, diz Bob Costa, cofundador do Azeite Sabiá, que explica ainda “a demanda pelo Azeite Sabiá tem superado a produção, e a previsão é de continuidade desse cenário nos próximos anos.

 “É uma satisfação enorme saber que o mesmo azeite que já recebeu 144 prêmios internacionais, em cinco anos, é exatamente o azeite que está em todas as garrafas do azeite Sabiá, completa Bob.

Entre as variedades cultivadas, a Arbequina e a Arbosana produzem azeites de sabor suave. O Blend de Terroir é intermediário na intensidade. A Koroneiki e a Coratina, por sua vez, oferecem perfis mais intensos. Cada variedade produz um azeite com características diferentes. E o brasileiro está descobrindo seus preferidos com os produtos frescos, feitos aqui mesmo.

Expansão e perspectivas

Embora já haja interesse de compradores internacionais, a marca segue focada no mercado brasileiro. “Nosso foco ainda é o Brasil, mas já recebemos consultas para exportação”, revela Bob.

Com a evolução da olivicultura no Brasil, a marca aposta na educação do consumidor para ampliar o mercado. “Estamos investindo no turismo agrícola na fazenda em Santo Antônio do Pinhal (Serra da Mantiqueira), onde compartilhamos informações sobre o cultivo, e degustações para mostrar as qualidades e defeitos de um azeite e as diferenças entre eles”, conclui Bia.

Sobre Azeite Sabiá

Em 2014, o casal por trás da marca, Bia Pereira e Bob Costa, se apaixonou pelo universo da olivicultura. Decididos a transformar em olivais os pastos onde criavam gado na fazenda em Santo Antônio do Pinhal, município paulistano no topo da Serra da Mantiqueira, foram atrás dos melhores profissionais para entender sobre manejo, cultivo das oliveiras, equipamentos e técnicas, tudo para alcançar a mais alta qualidade possível na produção de seu azeite. As duas primeiras safras, extraídas em 2018 e 2019, foram distribuídas apenas para a família. Mas dali em diante, o casal fundador do Sabiá não parou de se especializar e crescer. “Nossa missão é mostrar para os brasileiros que o melhor azeite não é o importado, mas sim o extravirgem premium, fresco, produzido no nosso país”, pontuam os fundadores do Azeite Sabiá.

Serviço:

Site: https://www.azeitesabia.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/azeitesabia/

Facebook: https://www.facebook.com/azeitesabia/

Loja virtual: https://lojaazeitesabia.com.br

 

Conheça a fazenda Sabiá e participe da degustação de azeites:

–       Estrada Municipal Pedro Joaquim Lopes, 3931, Bairro Lajeado – Santo Antônio do Pinhal – SP, CEP 12450-000

–       Sábados e domingos, das 9:30h às 16:30h com visitas guiadas em 4 horários: 10h, 11h, 14:30h e 16h

–       Visita guiada com degustação – R$ 69,00 acima de 12 anos.

–       A visita das 16h oferece uma harmonização com 3 pratos (2 salgados e um doce) e custa R$ 149,00

–       Menores de 10 anos e acima de 80,00 não pagam.

–       Para garantir a vaga, agendar via WhatsApp: (12) 3666-2282.

 

Créditos: Divulgação/Mario Rodrigues Jr

Ana Fontes embarca para participar da CSW e representará o Pacto Global, RME e W20

Pela quinta vez, Ana Fontes, empreendedora social e fundadora e CEO da Rede Mulher Empreendedora (RME), participará da 69ª CSW (Comissão sobre a Situação da Mulher), promovida pela ONU Mulheres Brasil em Nova Iorque (EUA). Representando a RME, o Pacto Global Brasil e o W20 Brasil, a empreendedora estará presente nos eventos entre os dias 10 e 14 de março.

No dia 12 de março, Ana Fontes terá um papel de destaque na abertura da Reunião de Boas-Vindas para a preparação da CSW. O encontro acontecerá das 9h às 10h30 (horário local de Nova Iorque), no UN Global Compact. A reunião tem como objetivo alinhar expectativas, apresentar diretrizes estratégicas e fortalecer o engajamento do grupo, abordando a relevância do evento, sua agenda principal e as oportunidades de contribuição ativa dos participantes.

“Este ano, as discussões sobre iniciativas de impacto social estão acaloradas, e no CSW não será diferente. Espero que possamos ampliar os debates para que esse tema não seja posto de lado. Avançamos em pautas significativas para as mulheres, mas ainda há muito o que progredir”, afirma Ana Fontes.

Após sua participação na CSW, a partir do dia 15 de março, Ana embarcará para um programa de liderança, inovação e impacto para empreendedores sociais na Harvard University. “Este programa é um reconhecimento que recebemos pelo Prêmio Empreendedor Social da Folha de S. Paulo e do Fórum Econômico Mundial de Davos. Estou com um misto de ansiedade e emoção”, finaliza a fundadora da RME.

Ana Fontes é presidente do W20 Brasil, grupo de engajamento independente focado na promoção da equidade de gênero e no empoderamento econômico das mulheres do G20, e vice-presidente do Conselho do Pacto Global da ONU Brasil.

Sobre Ana Fontes

Empreendedora social, fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME), e do Instituto RME. Vice-Presidente do Conselho do Pacto Global da ONU Brasil, e Membro do Conselhão da Presidência da República – CDESS. Presidente do W20, grupo de engajamento do G20. Conselheira da Seguros Unimed e da UAM/Grupo Ânima. Reconhecida por prêmios como: Bloomberg 500 mais influentes da América Latina 2024, Melhores e Maiores 2024, Empreendedor Social 2023, Executivo de Valor 2023 e Forbes Brasil Mulheres Mais Poderosas 2019. Autora do livro “Negócios: um assunto de mulheres – A força transformadora do empreendedorismo feminino”.

73% das empreendedoras brasileiras têm filhos e 37% são mães solos, revela Pesquisa IRME 2024

A pesquisa Empreendedoras e Seus Negócios 2024, realizada pelo Instituto RME com apoio da Rede Mulher Empreendedora, apresenta o perfil das mulheres empreendedoras no Brasil. Com o tema “Economia do cuidado: impactos na configuração da imagem que as empreendedoras têm de si e como isso repercute nas oportunidades dos seus negócios”, a pesquisa, que está em sua 9ª edição, revela que 73% das empreendedoras são mães, dentre essas, 37% são mães solo.

“Desde 2016 nós fazemos essa pesquisa anualmente. Um ponto de destaque: 73% das empreendedoras são mães e mais de 68% afirmam que os filhos vieram antes dela ser empreendedora, o que mostra, claramente, muita resistência no nosso mercado de trabalho em aceitar uma mãe enquanto profissional. Nestes casos, o caminho que resta é o do empreendedorismo”, explica Ana Fontes, empreendedora social e fundadora da Rede Mulher Empreendedora e do Instituto RME.  

 

No que se refere à idade, 60% das empreendedoras têm entre 30 e 49 anos, e 52% possuem ensino superior. No entanto, enquanto 61% das mulheres brancas têm ensino superior, apenas 44% das pretas e pardas atingem esse nível de educação. A maior parte das empreendedoras reside nas regiões Sudeste (45%) e Nordeste (25%), com a menor concentração no Centro-Oeste (5%), Norte (8%), e Sul (16%).

 

O recorte por cor/raça mostra que metade das empreendedoras pretas e pardas (49%) fatura até R$ 2.000 mensais, em comparação com 36% das mulheres brancas. Além disso, empreendedoras pretas e pardas enfrentam mais dificuldades financeiras, com 52% delas relatando dívidas, enquanto entre as brancas o índice é de 45%.

Motivações

A pesquisa revela que a busca por independência financeira é a principal motivação para o empreendedorismo, especialmente entre mulheres pretas e pardas (48%), que também veem no empreendedorismo uma forma de aumentar a renda (39%). A flexibilidade de horário foi apontada como um dos fatores mais importantes para as mulheres brancas quando o assunto é iniciar seu próprio negócio (41%).

No tocante à divisão de tarefas, “50% das empreendedoras não recebem nenhum tipo de ajuda na sua casa ou em seu negócio, isso mostra o quanto a empreendedora tem que dar conta de tudo e não é à toa que muitas sentem uma sobrecarga mental grande”, finaliza a empreendedora social.

A Pesquisa IRME 2024 foi executada pela Ideafix Pesquisas Corporativas com metodologia quantitativa, com base em 2.141 respondentes. São 94% das participantes brasileiras, enquanto 5% são estrangeiras, em sua maioria venezuelanas não refugiadas. A coleta de dados ocorreu entre agosto e setembro de 2024, utilizando metodologia híbrida, com autopreenchimento online, entrevistas presenciais e telefônicas.

Sobre a Rede Mulher Empreendedora

Primeira e maior rede de apoio a empreendedoras do Brasil, a Rede Mulher Empreendedora – RME existe desde 2010 e já impactou mais de 8,8 milhões de pessoas. Criada pela empreendedora social Ana Fontes, a RME tem como missão apoiar as mulheres na busca por autonomia econômica e geração de renda, reforçando sua essência: o espaço é delas. Por meio de capacitações, conteúdo qualificado, conexões, mentorias, acesso ao mercado através de marketplace, programas de aceleração e acesso a capital, a RME transforma histórias e cria oportunidades.

 

A RME promove eventos anuais como a Mansão das Empreendedoras e o Festival RME; eventos mensais como Café com Empreendedoras e Mentorias; também conta com um programa de aceleração, o RME Acelera, cursos intensivos para quem quer empreender, trilhas de conhecimento online e o programa RME Conecta, que faz a ponte entre negócios de mulheres com grandes empresas para negociação e fornecimento B2B. Em 2017, Ana Fontes resolveu ampliar seus objetivos e criou o Instituto Rede Mulher Empreendedora, focado na capacitação de mulheres em situação de vulnerabilidade.

Foto: Ana Paula Silva/Anape

Festival Afrofuturismo – Ano VI celebra a inovação e ancestralidade africana no Pelourinho

O Festival Afrofuturismo – Ano VI acontece dias 29 e 30 de novembro, no Centro Histórico de Salvador. Com o tema Adinkras – o código fonte da liberdade, o maior evento de inovação, diversidade e futurismo da América Latina reverencia a filosofia e saberes dos símbolos africanos para demonstrar o desenvolvimento social, econômico e cultural codificado pelo povo Asante (Gana), povos do grupo linguístico Akan, que iniciaram o sistema de escrita para preservar seu conhecimento. O Festival Afrofuturismo – Ano VI é realizado pelo Hub de Inovação Vale do Dendê, com correalização do SEBRAE e patrocínios Prefeitura de Salvador via Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A (Embasa), da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), e apoio financeiro da Unilever.

 

Nesta edição Grazi Mendes, executiva eleita como uma das 100 futuristas afrodescendentes mais influentes do mundo pela organização MIPAD traz o tema Ancestrais do Futuro: construindo uma cosmovisão para o amanhã na palestra de abertura do evento. Na ocasião, será realizado o lançamento do livro Ancestrais do futuro: qual a mudança que o seu movimento alcança?, de sua autoria.

 

A programação segue com nomes como Rene Silva, comunicador, apresentador e fundador do Jornal Voz da Comunidade (RJ) ,Wanessa Fernandes – CEO e fundadora do Grupo Africanize, Caroline Amanda, psicanalista e fundadora da Yonidaspretas, o criador de conteúdo digital PH Cortês, a criadora de conteúdo Sára Zarâ, o ator e repórter do Encontro com Patrícia Poeta e É de Casa, Felipe Velozo, dentre outros participantes que irão compor os painéis,  talks e rodas de conversas nos dois dias de festival.

 

Convidados internacionais como Liz Gomis, Diretora da MansA – a Maison des Mondes Africains, Yuniya Khan – fundadora do The Emerge Project, Curtis T. Jewell, II – fundador e CEO da Jewell Strategy, LLC, o cabo-verdiano Marcos Jamir – fundador da plataforma AfricanDEV que conecta profissionais de TI africanos com empresas brasileiras também compõem a programação do Festival Afrofuturismo – Ano VI que acontece de forma simultânea em 15 equipamentos, entre eles, Casa Vale do Dendê, Faculdade de Medicina da Bahia, Museu Eugênio Teixeira, Teatro Sesc Pelourinho, Largo Quincas Berro D’água, Largo Tereza Batista, Casa Ashanti e Casa das Histórias de Salvador. Cada espaço será nomeado com um símbolo Adinkra, onde será possível se familiarizar com o provérbio descrito segundo a sabedoria Asante decodificada naquele registro.

 

A Vale do Dendê – Unidade Lapa irá abrigar a exposição Bacía-Metal, com curadoria de JOZÀ [Departamento de Gestualidades] , uma exposição imersiva com projeções multimídias mapeadas e criações multimídias, onde uma coletânea de informações irá propor pensar os Símbolos Adinkra, da cultura Akan, explorando sua relevância, ancestralidade e narrativas históricas, oferecendo uma imersão sinestésica por meio de arte, tecnologia e linguagem.

 

Escolhendo a Trilha do Festival – Para aproveitar cada momento do evento, os participantes podem “carimbar seu passaporte” e vivenciar o Festival escolhendo os painéis, talks, rodas de conversas, apresentações artísticas e culturais por meio de trilhas. Na Trilha de Literatura estão previstos lançamentos de livros, painéis sobre literatura afrofuturista, literatura marginal entre outras atividades.

 

A Trilha de Arte, é um convite para experienciar uma exposição imersiva sobre os símbolos Adinkras na Vale do Dendê – Unidade Lapa, dialogar sobre diversas manifestações artísticas e a tecnologia ou visitar museus, galerias e ateliers do Centro Histórico de Salvador.

 

As apresentações musicais estão na trilha Cênico-musical que conta também com o espetáculo teatral “Koanza no Futuro”, e muita conversa sobre o mercado de música, humor dentre outros temas. O destaque dessa trilha são os shows do Cortejo Afro e a banda AFROCIDADE.

 

E ainda há espaço para a Trilha Corpo em Movimento, sobre a temática dança como movimento e simbologias de liberdade, mostra artística seguida de bate-papo e a saúde e bem-estar do corpo afro-americano em um workshop internacional.

 

O Festival Afrofuturismo – Ano VI, em correalização essa edição com o SEBRAE, integra a programação do mês da Consciência Negra em Salvador e desde 2018 vem se consolidando como evento de referência para inovadores e criativos de todo o Brasil, colocando a capital baiana no radar das principais organizações que trabalham com inovação, criatividade e empreendedorismo. Este reconhecimento inclui Salvador nos grandes polos globais de eventos, ao lado de cidades como Austin (SXSW), Cannes (Festival de Cinema e Publicidade), Lisboa (Web Summit) e Nova Orleans (Essence Festival), consolidando sua presença no cenário internacional.

 

Serviço:

O quê: Festival Afrofuturismo – Ano VI

Onde: Centro Histórico de Salvador – Bahia

Quando: 29 e 30 de novembro de 2024

Passaporte: sympla.com.br

Site: www.afrofuturismo.com.br

73% das empreendedoras brasileiras têm filhos e 37% são mães solos, revela Pesquisa IRME 2024

A pesquisa Empreendedoras e Seus Negócios 2024, realizada pelo Instituto RME com apoio da Rede Mulher Empreendedora, apresenta o perfil das mulheres empreendedoras no Brasil. Com o tema “Economia do cuidado: impactos na configuração da imagem que as empreendedoras têm de si e como isso repercute nas oportunidades dos seus negócios”, a pesquisa, que está em sua 9ª edição, revela que 73% das empreendedoras são mães, dentre essas, 37% são mães solo.

“Desde 2016 nós fazemos essa pesquisa anualmente. Um ponto de destaque: 73% das empreendedoras são mães e mais de 68% afirmam que os filhos vieram antes dela ser empreendedora, o que mostra, claramente, muita resistência no nosso mercado de trabalho em aceitar uma mãe enquanto profissional. Nestes casos, o caminho que resta é o do empreendedorismo”, explica Ana Fontes, empreendedora social e fundadora da Rede Mulher Empreendedora e do Instituto RME.  

No que se refere à idade, 60% das empreendedoras têm entre 30 e 49 anos, e 52% possuem ensino superior. No entanto, enquanto 61% das mulheres brancas têm ensino superior, apenas 44% das pretas e pardas atingem esse nível de educação. A maior parte das empreendedoras reside nas regiões Sudeste (45%) e Nordeste (25%), com a menor concentração no Centro-Oeste (5%), Norte (8%), e Sul (16%).

O recorte por cor/raça mostra que metade das empreendedoras pretas e pardas (49%) fatura até R$ 2.000 mensais, em comparação com 36% das mulheres brancas. Além disso, empreendedoras pretas e pardas enfrentam mais dificuldades financeiras, com 52% delas relatando dívidas, enquanto entre as brancas o índice é de 45%.

Motivações 

A pesquisa revela que a busca por independência financeira é a principal motivação para o empreendedorismo, especialmente entre mulheres pretas e pardas (48%), que também veem no empreendedorismo uma forma de aumentar a renda (39%). A flexibilidade de horário foi apontada como um dos fatores mais importantes para as mulheres brancas quando o assunto é iniciar seu próprio negócio (41%).

No tocante à divisão de tarefas, “50% das empreendedoras não recebem nenhum tipo de ajuda na sua casa ou em seu negócio, isso mostra o quanto a empreendedora tem que dar conta de tudo e não é à toa que muitas sentem uma sobrecarga mental grande”, finaliza a empreendedora social.

A Pesquisa IRME 2024 foi executada pela Ideafix Pesquisas Corporativas com metodologia quantitativa, com base em 2.141 respondentes. São 94% das participantes brasileiras, enquanto 5% são estrangeiras, em sua maioria venezuelanas não refugiadas. A coleta de dados ocorreu entre agosto e setembro de 2024, utilizando metodologia híbrida, com auto preenchimento online, entrevistas presenciais e telefônicas.

Sobre a RME

Primeira e maior rede de apoio a empreendedoras do Brasil, a RME (Rede Mulher Empreendedora) existe desde 2010 e já impactou mais de 10,5 milhões de pessoas. Criada pela empreendedora social Ana Fontes, visa apoiar mulheres na busca por autonomia econômica e geração de renda através do empreendedorismo, empregabilidade, programas de aceleração e acesso à capital.

A RME promove eventos anuais, como a Mansão das Empreendedoras e o Festival RME, e eventos recorrentes como o Plantão de Mentoria, o Café com Empreendedoras e a Rodada de Negócios. Entre seus programas homônimos estão o RME Acelera, com foco em aceleração de startups, e o RME Conecta, que, após processo de certificação, conecta negócios de mulheres com grandes empresas para negociação e fornecimento B2B.

Em 2017, Ana Fontes resolveu ampliar seus objetivos e criou o Instituto Rede Mulher Empreendedora, focado na capacitação de mulheres em situação de vulnerabilidade.

Foto: Ana Paula Silva/Anape

“Mulheres na Política” com Ilana Trombka, Benedita da Silva, e Sonia Guajajara

As eleições municipais acontecem no próximo dia 06 de outubro e as mulheres são a maioria da população brasileira (51,5%) e do eleitorado (52,6%), mas ainda existe uma baixa representatividade na presença de candidatas na política. Um levantamento realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelou que somente 45 cidades, entre 5.568, que realizaram eleições municipais em 2020 têm a maioria de mulheres na composição das câmaras de vereadores, valor que não chega a 1% do total dos municípios.

 

Para falar sobre o assunto, o videocast Substantivo Feminino convidou Ilana Trombka, Diretora-geral do Senado Federal, Benedita da Silva, Deputada Federal; e Sonia Guajajara, Ministra dos Povos Indígenas do Brasil, para colaborarem com depoimentos e reflexões. O videocast é uma iniciativa do YouTube Brasil em parceria com a Rede Mulher Empreendedora (RME), Gênero e Número, Internet Lab e Casé Fala.

 

Ilana Trombka, diretora-geral do Senado Federal, aborda os efeitos da violência contra as mulheres na política. “Ao mesmo tempo que a violência desloca para fora, para fora do jogo, as mulheres que tiveram coragem de entrar, ela também desestimula que outras entrem. E assim vai se construindo um ambiente cada vez menos diverso, cada vez mais homogêneo. Por isso, ter uma legislação que busque um ambiente mais pacífico e respeitoso é necessário.

 

Em vídeo que irá ao ar hoje (03/10) às 18h, Benedita da Silva, deputada federal, destaca a importância da representatividade feminina, especialmente de mulheres negras, nos espaços de poder. Ela afirma que, embora as mulheres negras ainda sejam minoria no Congresso Nacional, são maioria na história do Brasil.

 

Ela também reforça a necessidade do protagonismo das mulheres negras nos processos eleitorais: “Nós, mulheres negras, somos maioria da população brasileira, mas não temos uma representatividade equitativa. É fundamental que estejamos nesses espaços, porque onde há uma mulher negra, certamente ela vai destrancar uma porta e abrir caminho para outras. É isso que esperamos.”

 

Já a Ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sonia Guajajara, ressaltará o marco histórico da crescente representatividade indígena: “É a primeira vez na história que temos mais de uma representação indígena no Congresso.” No vídeo que irá ao ar amanhã (04/10, 18h), ela refletirá sobre a evolução dos direitos das mulheres, lembrando que, há pouco mais de 90 anos, mulheres nem sequer podiam votar, e destaca o avanço das mulheres indígenas nesse cenário: “Imagine as mulheres indígenas, e hoje estamos aqui, com candidatas indígenas, e neste ano de pleito municipal, são mais de 100 mulheres indígenas candidatas a vereadoras.”

 

Guajajara também olha para o futuro e reforça a importância da representação indígena nas assembleias legislativas: “Muitas já estão pensando em 2026, para que possamos eleger mulheres indígenas para as assembleias legislativas, porque em toda a nossa história ainda não tivemos nenhum indígena eleito nos estados, imagine mulheres.

 

A Head de Políticas Públicas do YouTube, Alana Rizzo, explica que o videocast é uma plataforma de conteúdo criada para inspirar conversas sobre gênero. “Acreditamos que todos tem um papel fundamental em promover essas reflexões e a conscientização sobre a violência de gênero e seus impactos na nossa sociedade. O substantivo feminino é esse encontro entre o online e o offline pautado pelo respeito, pelo diálogo e pela pluralidade de vozes”.

 

“É fundamental ter um videocast sobre, com temas tão sensíveis com profundidade e essenciais para que tenhamos uma sociedade mais inclusiva e mais justa para as mulheres e todas as pessoas. Esta temporada é ainda mais especial em um ano de eleições municipais, importantíssimo para a representatividade feminina, com abordagens multidisciplinares sobre os mais diversos aspectos da política para elas”, afirma Ana Fontes, mediadora do videocast, empreendedora social e fundadora da RME.