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A pesquisa “Empreendedoras e Seus Negócios 2025”, realizada anualmente pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME) por meio do seu Laboratório de Gênero e Empreendedorismo, e execução da Ideafix, acaba de ser divulgada. Este ano, em sua 10ª edição, o estudo trouxe também dados sobre acesso a crédito no Brasil e se dedicou a compreender os principais desafios e oportunidades para o crescimento dos pequenos negócios femininos.
Em 2025, 57,3% das entrevistadas afirmaram que seus negócios não possuem dívidas. Isso pode indicar que as mulheres estão evitando assumir novas dívidas diante de eventuais riscos econômicos (considerando o cenário socioeconômico global) e que têm pagado suas dívidas em dia, já que apenas 14,6% possuem atrasos. Além disso, a alta negativação pessoal (72,1%) sugere que muitas recorrem ao crédito como pessoa física, mantendo o CNPJ sem restrições.
Entre as mulheres que buscaram crédito ao menos uma vez, a maioria recorreu a bancos privados (52,4%), seguidos por fintechs (39,6%) e bancos públicos (33,2%). Apesar disso, 13,5% tentaram crédito para o negócio apenas uma vez, 21% tentaram mais de uma vez, enquanto 65,5% nunca buscaram esse tipo de apoio.
Bancos públicos e cooperativas de crédito são mais acionados por mulheres com negócios formalizados e interessadas em valores mais altos, geralmente via pessoa jurídica. Já as fintechs se destacam nos empréstimos de menor valor, majoritariamente concedidos a pessoas físicas e, em 60% dos casos, com liberação imediata do crédito. Quando conseguem crédito, 74,5% o fazem como pessoa física, e apenas 35,3% via pessoa jurídica, jogando luz sobre a informalidade entre os empreendimentos femininos. As condições de pagamento, a burocracia, o valor liberado e a confiança nas instituições são os principais fatores considerados na solicitação.
“A desigualdade racial também aparece no acesso: mulheres brancas têm 23% dos pedidos negados, contra 29% das mulheres negras. Além disso, os valores obtidos por mulheres negras tendem a ser menores: 37% delas receberam até R$2 mil, frente a 22% das mulheres brancas. Apenas 6% das empreendedoras negras acessaram empréstimos acima de R$20 mil, ante 20% das empreendedoras brancas”, explica Ana Fontes, empreendedora social e fundadora da Rede Mulher Empreendedora e do Instituto RME.
A pesquisa também mostra que há consistência entre o planejamento e o uso efetivo dos recursos: 55,3% das mulheres que conseguiram crédito o destinaram à compra de materiais e equipamentos, o mesmo sendo observado entre aquelas que planejavam ampliar a produção (24,8%).
Crédito negado e formas de discriminação percebidas pelas mulheres
Entre as mulheres que tiveram o pedido de crédito negado, 30,5% relataram ter sofrido algum tipo de discriminação no processo. Esse percentual sobe para 35,5% entre aquelas que ainda aguardavam resposta. As principais motivações citadas foram gênero, raça/cor, classe social, território (periferia ou zona rural) e escolaridade.
Dentre as empreendedoras que tentaram acessar crédito, 26,3% tiveram o pedido negado e 8,6% ainda aguardam retorno. A negativação do nome foi o principal motivo apontado para a recusa (58,5%). Os dados mostram que a não liberação do crédito impactou diretamente o planejamento dos negócios (23,4%) e, em alguns casos, a renda familiar (5,3%).
Perfil das empreendedoras brasileiras em 2025
Quanto à cor/raça, a amostra se dividiu principalmente entre empreendedoras negras (49%) e brancas (48%). A maioria tem entre 30 e 59 anos, com destaque para a faixa dos 40 aos 49 anos. Em média, essas mulheres têm renda mensal de R$2.400, são chefes de família (58,3%) e sustentam outras pessoas com essa renda (69,4%). Nesta edição, o desemprego superou a busca por independência financeira como principal motivação para empreender.
Perfil dos negócios
O setor de alimentação e gastronomia concentra a maior parte das empreendedoras (19,6%), seguido por beleza, estética e bem-estar (16,7%). Embora sigam em expansão, alguns segmentos ainda têm presença tímida de mulheres, como tecnologia e informação (2,4%), transporte e veículos (1,8%) e turismo (1,5%), indicando a necessidade de ampliar oportunidades e incentivos nesses campos. Nesta edição, o ramo de beleza perdeu espaço, enquanto arte e cultura registraram crescimento na participação feminina.

A Pesquisa IRME 2025 foi executada com metodologia quantitativa e qualitativa, com 1.043 mulheres respondentes, sendo 50% base do Instituto Rede Mulher Empreendedora e 50% base da Ideafix (nacional). Além disso, entrevistou representantes de cinco instituições financeiras com atuação no Brasil e na América Latina, com o objetivo de obter mais dados sobre o tema do empreendedorismo feminino e do acesso ao crédito no Brasil. A coleta de dados ocorreu em agosto de 2025.
FIRME – Fundo de Impacto e Renda para Mulheres Empreendedoras
O Instituto RME anuncia o lançamento do FIRME – Fundo de Impacto e Renda para Mulheres Empreendedoras. A iniciativa disponibiliza R$ 2,5 milhões em crédito orientado para apoiar mulheres à frente de pequenos negócios em todo o Brasil, com foco nas regiões Norte e Nordeste e em empreendimentos com impacto social e sustentabilidade.
O fundo combina financiamento, capacitação e mentorias individuais para fortalecer os negócios e ampliar o acesso ao crédito. A ação é uma realização do Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME), com apoio da Rede Mulher Empreendedora (RME) e parceria do Banco Pérola, instituição com mais de 16 anos de experiência em microcrédito produtivo orientado.
Serviço
Pesquisa completa: https://institutorme.org.br/lab-irme/
Informações sobre o Fundo (FIRME): firme.net.br
Sobre a RME
Primeira e maior rede de apoio a empreendedoras do Brasil, a Rede Mulher Empreendedora – RME existe desde 2010 e já impactou mais de 15 milhões de pessoas. Criada pela empreendedora social Ana Fontes, a RME tem como missão apoiar as mulheres na busca por autonomia econômica e geração de renda, reforçando sua essência: o espaço é delas. Por meio de capacitações, conteúdo qualificado, conexões, mentorias, acesso ao mercado através de marketplace, programas de aceleração e acesso a capital, a RME transforma histórias e cria oportunidades.
A RME promove eventos anuais como a Mansão das Empreendedoras e o Festival RME; eventos mensais como Café com Empreendedoras e Mentorias; também conta com um programa de aceleração, o RME Acelera, cursos intensivos para quem quer empreender, trilhas de conhecimento online e o programa RME Conecta, que faz a ponte entre negócios de mulheres com grandes empresas para negociação e fornecimento B2B. Em 2017, Ana Fontes resolveu ampliar seus objetivos e criou o Instituto Rede Mulher Empreendedora, focado na capacitação de mulheres em situação de vulnerabilidade.
Sobre o Instituto RME
Fundado em 2017, o IRME apoia e auxilia projetos e iniciativas que empoderam mulheres em situação de vulnerabilidade social, incentivando a independência financeira e o poder de decisão pessoal. Dados apontam que quando uma mulher é empoderada financeiramente, ela não muda só a realidade de sua família, mas também sua comunidade e a sociedade, pois acreditam no poder colaborativo para melhorar o mundo.
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Completando oito anos, a Casé Fala dá mais um passo em sua trajetória e apresenta uma nova identidade visual e um novo posicionamento. A agência, que transformou ao longo de quase uma década um ecossistema de vozes intelectuais em uma plataforma estratégica de comunicação, celebra o marco com um rebranding assinado pelo Estúdio Radiográfico, que traduz, em linguagem visual, o momento de consolidação e expansão da empresa. A solidez da Casé Fala nasce da experiência acumulada ao longo de mais de duas décadas de atuação no mercado de comunicação. Fabiana Oliva e Patrícia Casé unem conhecimento, sensibilidade e visão estratégica que se traduzem em projetos capazes de mover pessoas, fortalecer marcas e transformar narrativas. Mais do que criatividade, a agência encara a comunicação como disciplina de negócios: planejamento estratégico, governança e curadoria de linguagem, convertendo conteúdo e discurso em oportunidades e parcerias sustentáveis para clientes. O reposicionamento, desenvolvido com base em um estudo de marca e storytelling conduzido por Filipe Techera, reflete uma decisão estratégica nascida do olhar das próprias fundadoras sobre maturidade e repertório. “Foram oito anos para amadurecer, fortalecer, consolidar um elenco robusto e criar projetos de conteúdo que nos enchem de orgulho.”, afirma Patrícia Casé, cofundadora. Para a também cofundadora, Fabiana Oliva, “o novo momento da Casé Fala reflete exatamente isso — uma agência mais madura, contemporânea e preparada para o futuro da comunicação. Mas, que se mantém firme nos pilares que nos sustentam: diálogo, relevância e resultado.” A agência tem em seu portifólio projetos como a cocriação do videocast Substantivo Feminino, com YouTube, atualmente em sua segunda temporada, além da consultoria de diversidade e cocriação de ativação digital em projetos como o lançamento dos filmes Pantera Negra: Wakanda Forever; e A Mulher Rei, com presença da Viola Davis ao Brasil. Na área de agenciamento, a Casé Fala conta com nomes consolidados em seus segmentos, como Ana Fontes, Regina e Benedita Casé, Ronaldo Lemos, Rene Silva, Paulo Rogério Nunes, Denise Hills e Mary Del Priori, entre outros igualmente relevantes. O estudo de reposicionamento mapeou territórios de discurso, segmentou ofertas e desenhou desdobramentos editoriais, de modo que a nova identidade visual dialogasse com um roteiro de conteúdo coerente — não apenas um novo rosto, mas um novo vocabulário para as ações de mercado. A execução visual, a cargo do Radiográfico, traduziu esses eixos em uma linguagem gráfica que valoriza a tipografia como elemento central, o contraste entre preto e branco e pontos de cor que mantêm a contemporaneidade da marca. “Percebemos que a fala como imagem deveria ser o ponto central; a tipografia passou a funcionar como eixo — é ela que traduz visualmente a ideia de vozes fortes”, explicam Olivia Ferreira e Pedro Garavaglia, sócios do Radiográfico. O resultado é uma identidade que afirma autoridade editorial e visão estratégica, preservando o reconhecimento conquistado ao longo dos anos. Mais informações: https://casefala.com.br/ |
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O RME Acelera, programa de aceleração da Rede Mulher Empreendedora (RME), anuncia a abertura das inscrições para sua próxima turma. O processo seletivo começa durante o Festival RME 2025, em 3 de outubro, e vai até 3 de dezembro deste ano. As aulas terão início entre janeiro e fevereiro de 2026. Voltado a negócios inovadores liderados por mulheres, o programa chega à sua oitava edição, consolidando um histórico de impacto no ecossistema empreendedor feminino.
“A missão da Rede é ajudar mulheres em sua jornada de empreendedorismo em diversas camadas e setores diferentes. E consideramos importante fazer isso também na área de inovação e tecnologia, visto que mulheres que desejam atuar com startups também enfrentam diversas barreiras em um ambiente muito dominado ainda por homens e precisam de rede de apoio, fortalecimento emocional e, claro, capacitação técnica”, diz Ana Fontes, fundadora da Rede e do Instituto Rede Mulher Empreendedora.
Para fundadoras que buscam estruturar modelo de negócio, preparar rodadas de investimento, aprimorar vendas e marketing e ganhar visibilidade, o RME Acelera oferece uma rota de capacitação intensa, sem custo e sem diluição societária. A recomendação de ter uma ou um cofundador e uma ou um colaborador visa garantir uma maturidade operacional mínima, mas a seleção privilegia o potencial de impacto e a capacidade de escala.
Critérios de elegibilidade para o RME Acelera:
● Ser uma startup ou negócio inovador e de impacto, com potencial de crescimento/escala;
● Ser um negócio fundado(a) ou liderado(a) por mulher(es) que detenham pelo menos 50% do controle societário ou do poder de decisão;
● Ter mais de 18 anos;
● Não ser colaboradora ou prestadora de serviço da Rede Mulher Empreendedora / Instituto RME;
● Recomenda-se que a startup conte com pelo menos um(a) sócio(a)-fundador(a) além da founder e ao menos um(a) colaborador(a) ou prestador(a) de serviço (embora essa recomendação não seja eliminatória).
O programa mantém sua proposta prática e orientada para resultados, com módulos focados em temas centrais para a escalabilidade: modelo de negócios; estratégia de vendas; planejamento de marketing; product–market fit; planejamento e road map do produto/serviço; precificação e organização financeira; tipos de financiamento e o momento correto para captação; oratória e pitch. O formato é gratuito, equity-free, com acompanhamento individual, mentorias especializadas e conexões com atores do ecossistema.
Resultados e destaques
Desde a criação do programa, em 2018, o RME Acelera já ajudou no desenvolvimento de mais de 70 startups ao longo de suas sete edições. Entre os casos de destaque estão: Vittude, Technovation, Celebrar, Scooto, Fagulha, WonderSize, WeCare Skin, Youth Climate Leaders, AcademiCV, UX para Minas Pretas, VIVMAIS Saúde & Longevidade, BeHeart, Santé Science e BIOSAB Leveduras, entre outras.
Segundo levantamento da RME, 19 startups aceleradas pelo programa já captaram investimento. As pesquisas também apontaram que 92% das aceleradas afirmaram ter sido positivamente impactadas pelo RME Acelera, indicadores que atestam a relevância do processo na trajetória das participantes.
Apoio institucional
O RME Acelera conta com uma ampla rede de apoiadores e parceiros, entre eles: Yunus, Endeavor, We Impact, Anjos do Brasil, ACE Ventures, Canary, Antler, Sororitê, Ibrawork, MIA, Latittud, Silêncio ao Silício, Plug and Play, FGV, BMA, Quintessa / BNDES Garagem, FIAP, KPMG, Ferraz Nascimento, Vox Capital, Unicamp Ventures e WOW Aceleradora.
Serviço
Inscrições: de 3 de outubro a 3 de dezembro de 2025
Local/site: rme.net.br
Sobre a RME
Primeira e maior rede de apoio a empreendedoras do Brasil, a Rede Mulher Empreendedora – RME existe desde 2010 e já impactou mais de 15 milhões de pessoas. Criada pela empreendedora social Ana Fontes, a RME tem como missão apoiar as mulheres na busca por autonomia econômica e geração de renda, reforçando sua essência: o espaço é delas. Por meio de capacitações, conteúdo qualificado, conexões, mentorias, acesso ao mercado através de marketplace, programas de aceleração e acesso a capital, a RME transforma histórias e cria oportunidades.
A RME promove eventos como o Festival RME (anual) e o Café com Empreendedoras (mensal); também conta com um programa de aceleração, o RME Acelera, cursos intensivos para quem quer empreender, trilhas de conhecimento online, mentorias e o programa RME Conecta, que faz a ponte entre negócios de mulheres com grandes empresas para negociação e fornecimento B2B. Em 2017, Ana Fontes resolveu ampliar seus objetivos e criou o Instituto Rede Mulher Empreendedora, focado na capacitação de mulheres em situação de vulnerabilidade.